Todo início de ano letivo
vivenciamos velhos problemas nas redes públicas e privadas do nosso país. A
indisciplina, a fragilidade das propostas pedagógicas, falta de professores, a
falta disso e daquilo trazem um tom desafiador para todos que vivem desta
profissão. Porém, no mundo das relações, nada tão preocupante, quanto os
episódios de indisciplina e violência ocorridos no interior da escola. Demostrando
comportamento agressivo, que por vezes são manifestados verbalmente, como também,
com gestos, socos, ponta pés, puxões de cabelo, dentre outras aberrações do
gênero, o bullying (termo inglês
utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica praticadas por
alguém contra outra pessoa.) se manifesta nas salas de aula, nos pátios e nas
quadras das diferentes instituições escolares. Neste contexto, vemos crianças
contra crianças, professores contra alunos, alunos contra professores, pais
contra professores e por aí vai. A violência ganhou proporções consideráveis
nos últimos anos, podemos evidenciar situações sociais diversas, onde
destacamos as desigualdades sociais, a falta de aceitação dos novos arranjos
familiares, a inversão de valores e falta de tolerância com o diferente de nós.
Na escola podemos somar à estas questões, os modelos disciplinares ultrapassados,
individualistas e manipuladores que muitos reproduzem no seu cotidiano. Diante
de tais constatações o Bullying tornou-se
uma forma de violência comum e por vezes, de forma errada, aceitável, dentro
das escolas. Mesmo sabendo que é errado, ainda vemos apelidos vexatórios,
piadas constrangedoras e ações que conflitam com o papel formador e
transformador que a escola deveria exercer na sociedade. Estas manifestações de
violência que ocorrem no interior das escolas precisam ser tratadas e banidas
do nosso convívio. As instituições escolares
precisam ser vistas e repensadas como espaços coletivos onde habilidades e ações
educativas positivas ganhem vez e voz! Escolas são espaços para crescimento
cognitivo, afetivo e também relacional. Partindo desta premissa, existem várias
frentes que precisam ser abertas e fortalecidas e destacamos algumas: Formação
continuada para os profissionais da educação, a aceitação e co-participação
positiva das diferentes famílias, desenvolvimento de projetos sociais
que envolvam os diferentes atores sociais da instituição com a comunidade, além
da gestão escolar consciente e democrática. Na atualidade o Bullying é crime, desta forma precisa ser, também, combatido com conscientização
legal e com aplicação de punições possíveis. Vai passar! Será? Só o tempo, a
mudança nas relações, o conhecimento, a aplicação das leis e a forma de cada um
pensar e agir na sociedade poderão nos levar aos novos tempos!
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