domingo, 26 de junho de 2016

PUNIR OU EDUCAR?

PUNIR OU EDUCAR?
Por Denise Tinoco


Diariamente Profissionais da Educação e Famílias, são desafiados, em sua autoridade, por crianças e adolescentes que desobedecem regras (im)postas pela sociedade. Os atos mais comuns vão desde a desobediência as regras de convivência em sala de aula, passando pela falta de responsabilidade com materiais escolares e da instituição até bullying. Funcionários bradam que são cerceados por legislações que protegem a criança e o adolescente, por imposições sociais e até por ameaçadas de demissão. A falta de Estudo de Casos e direcionamentos institucionais acarretam insatisfações que paralisam a estrutura escolar. A família diz estar sobrecarregada com as pressões do mundo globalizado e delega sua parte a escola. Neste limbo social encontram-se milhares de crianças e jovens negligenciados que estão vivendo um caos diário, sem previsão de melhoras. Sabe-se que a forma como os pais interagem e educam seus filhos é crucial à promoção de comportamentos socialmente adequados ou não. Mas, se as regras, diálogos ou tolerância não ocorrem no seio familiar ou não se mostram suficiente para educar, faz-se necessário agir de forma educativa para que o caos não se instale nas escolas. Ações de indisciplina são debatidas em Conselhos de Classe, mas, pouco se conhece sobre a necessidade de inclusão de ações socioeducativas nas instituições escolares. Não se trata de propor punições ou regras militares, mas criar Códigos de Ética, regras cotidianas claras para o enfrentamento das dificuldades. Necessário falar que para verificar os limites das escolas vale consultar advogados, organizar palestras com Juízes, com Comissários da Infância e Juventude, conversas com as famílias, com a criançada ou adolescentes. Experiências com ações socioeducativas exitosas já são conhecidas no mundo inteiro e começam a ser implantadas no Brasil. Destaque para ações como acompanhar a Equipe de Manutenção nos reparos, para aquele que quebrou o banheiro, chutou porta ou rasgou o sofá da Sala dos Professores. Participar de oficinas educativas sobre Bullying, para os que praticam. Organizar hortas ou plantar flores, árvores, para àqueles que depredaram jardins escolares. Organizar livros na biblioteca, para aquele que riscou, rasgou ou sumiu com o livro emprestado. É proibido humilhar ou ferir legislações vigentes. Ações socioeducativas precisam de acompanhamento e diálogo, e, em muitos casos, podem substituir a famosa Suspensão. Que fique claro, somos pessoas em construção e que nos fortalecemos nas diferenças. Portanto, conflitos devem existir e serem permitidos nas instituições escolares. O que desejamos é que todos, em suas diferenças, inclusive professores e outros profissionais da educação, também sejam respeitados.

Artigo completo publicado na Revista particular- junho/2016


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