quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Escola: Conquistando A Confiança Por Meio Da Legalização Do Seu Funcionamento.


                     Toda escola para existir legalmente e resistir às pressões do cotidiano deve ser regularizada no seu Órgão normatizador. A legislação educacional vigente determina que União, Estados, Distrito Federal e Municípios, junto do Ministério da Educação, estabeleçam suas normas para funcionamento dos seus respectivos Sistemas de Ensino, cabendo aos seus Conselhos de Educação e Secretarias de Educação, supervisão sistemática, bem como, efetuar a fiscalização de irregularidades.
                   Na prática cotidiana, essa regularização pressupõe alunos em escolas, com espaços físicos bem cuidados e monitorados, ambientes pedagógicos com professores qualificados e materiais didático-pedagógicos suficientes, currículo escolar apropriado à realidade do aluno, recursos disponíveis e mecanismos de controle social instituídos, com a participação dos pais e da comunidade na gestão escolar, em ambiente construído para o sucesso dos alunos.

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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

BULLYING - PREVENÇÃO E SUGESTÕES DE AÇÕES PARA A ESCOLA





BULLYING - PREVENÇÃO NAS ESCOLAS
                                                                                              
                                                                                                 
                                                                             Por Denise Tinoco
 Denise Tinoco é Professora de Educação Básica e Pedagoga Estatutária da Prefeitura de Campos dos Goytacazes, Professora Universitária da Universidade Estácio de Sá e Bolsista UAB- Tutoria de Licenciaturas do CEDERJ/UAB. Especialista em Educação Infantil e Especialista em Psicopedagogia. Contato: denise.tinoco@bol.com.br

            Toda forma de preconceito, intriga, injúria e agressividade verbal, virtual ou física afeta os dois lados envolvidos. Muitas vezes, diante deste problema, família e escola ficam extremamente, pressionadas e envolvidas com as crianças ou jovens que sofreram a ação. Pela dor visível, ou pela pressão do ato gerado, todas às ações urgem por respostas. Pesquisas apontam que muitas crianças e jovens que praticam bullying, também sofreram ou sofrem bullying em casa ou na escola, em diversos contextos. Aprender a lidar com a dor é necessário, exige amorosidade, diálogo, espaço para sentimentos presos, muitas vezes em um corpo repleto de marcas psicológicas e físicas. Exige participação de diferentes profissionais dispostos a exercer um trabalho sério, sistemático de médio e longo prazo. Desde pequenos, precisamos preparar pessoas para conviver em sociedade, dentro de um clima de respeito e autoconhecimento.
             Mas é preciso ir além, necessário, portanto, pensar em trabalhos preventivos de conscientização, estudo, agregando valores como conhecimentos educativos, legais e jurídicos. Diversas pesquisas mostram que meninos e meninas praticam violência de formas diferentes. É comum vermos meninos praticando bullying que envolvem agressões físicas e verbais. Reforçam características pessoais e praticam as ações, geralmente em grupos. Já as meninas, buscam evidenciar na vítima, características sociais, fraquezas e traços da personalidade. Tratam-se, muitas vezes, de agressões veladas, anônimas, e recentemente, as pesquisas demostraram que as meninas cometem mais injúrias virtuais. Entretanto, veremos, também, meninas em brigas públicas, puxando os cabelos, gritando... Mas, desejam, acima de tudo, naquele momento, chamar a atenção, segundo, alguns dados destas pesquisas.
             De tudo, uma certeza: Toda forma de bullying é perversa, pois afeta um indivíduo em formação. Feito em um ambiente educativo pode criar na vítima um sentimento de constrangimento, aceitação da negação, pois algumas vítimas chegam a concordar com a agressão. No âmbito da saúde física e emocional, podemos destacar o aparecimento da baixa na resistência imunológica. Em muitos casos é comum percebemos baixa autoestima e stress diante de ações cotidianas, principalmente quando tem que conviver com os agressores. Sintomas mais graves podem aparecer, sendo possível perceber, por profissionais habilitados, os sintomas psicossomáticos, transtornos psicológicos, fobia e até depressão. As marcas também são tangíveis para os "agressores", quando se percebe a falta de adaptação aos objetivos escolares e a supervalorização da violência. Existem formas de bullying difíceis de serem descobertas e trabalhadas pelos familiares ou pela escola. Portanto, atenção, prevenção, diálogo, envolvimento em ações sociais, punição(na forma da Lei), são propostas importantes neste contexto.
           Muito difícil prever situações onde o bullying poderá ocorrer. Na minha experiência, já verifiquei bullying praticado pelo professor, pela pedagoga, pela mãe e por colegas. Se existir possibilidade de escolha, os pais devem ficar atentos na hora de escolher uma escola. Valores, proposta pedagógica, missão da instituição devem fazer parte da escolha da família. Mas, nem sempre tal escolha é possível, assim, ficar atento as mudanças de comportamento do seu/sua filho(a), ao cotidiano escolar do(a) filho(a), trabalhar o uso do espaço virtual com responsabilidade, buscar co-participação nos projetos da escola, buscar conhecer os colegas e o que fazem os colegas e seu/sua filho(a), fora do horário escolar, também é uma responsabilidade da família.

            Sabe-se que a violência ganhou proporções consideráveis nos últimos anos, podemos evidenciar situações sociais diversas, onde destacamos as desigualdades sociais, intolerância religiosa, de sexo ou gênero, a falta de aceitação dos novos arranjos familiares, a inversão de valores éticos e falta de tolerância com o diferente de nós. Na escola podemos somar estas questões, aos modelos disciplinares ultrapassados, individualistas e manipuladores que muitos educadores reproduzem no seu cotidiano. Diante de tais constatações o bullying tornou-se uma forma de violência comum e por vezes, de forma errada, aceitável, dentro das escolas. Mesmo sabendo que é errado, ainda vemos apelidos vexatórios, piadas constrangedoras e ações que conflitam com o papel formador e transformador que a escola deveria exercer na sociedade. Estas manifestações de violência que ocorrem no interior das escolas precisam ser tratadas e banidas do nosso convívio, pois as marcas podem ficar para sempre no corpo e na alma de um agredido. Insegurança, depressão, fobia social fazem parte deste quadro na fase adulta. Porém, pesquisas apontam que, muitas vezes, se não tratados as marcas do bullying podem virar tirania nas futuras ações sociais. Chefes agressivos, que subestimam seus colegas, que realizam assédios morais, geralmente possuem históricos de bullying na infância. Dificuldade de convivência social, dificuldade de aceitação e condutas não aceitáveis nos meios sociais, também são características comuns na fase adulta.

           É imperativo! As instituições escolares precisam ser vistas e repensadas como espaços coletivos onde habilidades e ações educativas positivas ganhem vez e voz! Escolas são espaços para crescimento cognitivo, afetivo e também relacional. Partindo desta premissa, existem várias frentes que precisam ser abertas e fortalecidas e, neste sentido, destacam-se algumas: Formação continuada para os profissionais da educação, a aceitação e co-participação positiva dos diferentes arranjos familiares na escola, desenvolvimento de projetos sociais que envolvam os diferentes atores sociais da instituição com a comunidade, um projeto pedagógico inclusivo capaz de oportunizar a aprendizagem a todos, além da gestão consciente e democrática. Na atualidade o bullying praticado das mais diferentes vertentes, pode ser comprovado, ser considerado crime. Mas, antes de tudo, precisamos combate-lo com conscientização legal e com aplicação de punições possíveis. De forma concreta, destacamos algumas ações:
- Exibição de filmes sobre temas atuais, seguidos de debates;
- Aplicação de dinâmicas de grupos com produção de textos conclusivos, hipertextos, paródias que tratem sobre temas como: Combate a violência, agressividade, uso de drogas, reflexões sobre o uso do poder, fama, dentre outros temas.
- Ciclos de Palestras, com pais, familiares, profissionais liberais.
- Estudo de Casos sobre Bullying.
- Leituras de diferentes textos, charges, poemas, músicas, sobre o assunto.
-Envolvimento das crianças e jovens em Campanhas Sociais.
- Prática de Esportes coletivos, danças e outras formas de expressão que impliquem convivência saudável.
- Socialização de depoimentos de pessoas que sofreram com o Bullying.
- Encontros com Advogados, Comissários da Infância, Psicologos, Assistentes Sociais, Pedagogos capazes de falar sobre o tema pelas mais variáveis vertentes.

            Enfim, aliando a disseminação do conhecimento acadêmico, trabalhando em busca de mudanças de comportamento nas relações, cobrando a ampla aplicação das Leis e, acima de tudo, torcendo para que cada um, em sociedade, colabore com os novos tempos, será possível viver em uma sociedade mais justa, fraterna, inclusiva e feliz!


terça-feira, 1 de novembro de 2016

O LUGAR DO PENSAMENTO E DOS FAZERES DOCENTES NO ENSINO SUPERIOR.



O LUGAR DO PENSAMENTO E DOS FAZERES DOCENTES NO ENSINO SUPERIOR.

Por Denise Tinoco
Pedagoga e Professora Universitária


               O ensino pós-modernidade vive grandes revoluções. Os caminhos das ciências também foram modificados e novas formas de lidar com as teorizações apareceram. São novas linguagens e possibilidades que nos obrigam a repensar  teorias e práticas pedagógicas da educação infantil ao ensino superior. E se por um lado percebemos a que novas técnicas e tecnologias assumem um papel de destaque por outro, percebe-se uma crise que se traduz na ruptura do modo de agir no cotidiano de muitas pessoas e ainda na necessidade de respeitar a diversidade, as diferenças, nas heterogeneidades e as desigualdades de oportunidades.
              A história se repete todo início de semestre. Professores ávidos por ensinar, porém apegados a práticas e conceitos antigos chocam-se com as novas teorias de ensino, os interesses dos estudantes e, por vezes, chocam-se com a Missão e novos objetivos das universidades e do Curso que atua. Muitas diretrizes foram modificadas pelo Ministério da Educação, novas habilidades são exigidas pelo Mercado de Trabalho e provocam, a todo instante, uma prática docente renovada, também no Ensino Superior. Não se trata, apenas, da inserção das novas tecnologias no seu cotidiano, mas uma mudança de postura no cotidiano acadêmico. Na concepção de Brito (2006), a formação do professor necessita fundamentar-se na percepção de um professor que repense, fixamente, sua prática docente. Desta maneira, estabelece um processo ativo que possa romper a dicotomia teoria-prática articulando o processo educativo com o fato social.
              Neste contexto, compreender os processos educacionais seja dos sistemas de ensino seja nas escolas ou nas salas de aula constituem desafios constantes para qualquer estudioso da educação. No que tange a educação escolar nas salas de aula trata-se de perceber que todos os acontecimentos atuais afetaram sua dinâmica de inúmeras formas. Bastam olhares e ouvidos atentos e ouvidos nas diferentes Salas dos Professores e participaremos das angústias dos colegas denunciados em sua forma de expressão corporal e fala. Destaca-se: “os alunos não são mais os mesmos”, “vivem ligados em seus celulares”, “Não prestam atenção às explicações”, “eles são muito novos para aprender isso”... De certo, quem frequenta este espaço já se deparou com tais questões que conferem com a realidade. Poderia aqui enumerar uma série de problemas ligados à falta de atenção dos nossos alunos, mas o objetivo desta breve reflexão é outro. Trata-se de discutir o lugar do pensar e do fazer docente na universidade.
           Observa-se no cotidiano escolar que muitos professores repetem práticas ao longo dos anos e se esquecem de rever suas estratégias de ensino. Dão pouca importância à didática e a prática reflexiva. Soma-se a isso, a entrada nesse mercado, de profissionais despreparados que pouco conhecem sobre os diferentes modos de ensinar e aprender. São altamente competentes no saber específico de suas disciplinas ou profissionais de excelência em sua área, mas que não possuem formação pedagógica e também, nem sempre, percebem sua importância no meio acadêmico. É mister que estes profissionais voltem a estudar e busquem uma formação pedagógica de qualidade.
             Segundo Almeida (2012) a docência universitária precisa ser vista de forma abrangente e ser percebida como uma prática complexa que exige leituras culturais, políticas e pedagógicas respeitando os contextos vividos, os sujeitos envolvidos e os objetivos do ensino. Para Pimenta e Anastasiou (2002), é preciso considerar que a atividade profissional de todo docente possui uma natureza pedagógica, isto é, vincula-se a objetivos educativos de formação humana e a processos metodológicos e organizacionais de construção e apropriação de saberes e modos de atuação.
             É preciso considerar ainda que para trabalhar na docência superior, nestes novos tempos, não basta saber sobre o conteúdo. Trata-se de buscar envolver os alunos no mundo da pesquisa, da descoberta, da atividade de campo, das partilhas e disseminação dos saberes com a comunidade educativa. Zabala (2004) afirma que conteúdos são diferentes e precisam ser ensinados de forma diferentes. Assim, conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais estabelecem diferentes possibilidades de interações com os estudantes. Une-se a isso a necessidade ensinar como estudar, como aprender, como questionar, como lidar com o outro e com os limites e possibilidades de cada um.
          De certo, restará, ainda, reformulação de alguns cursos, a reestruturação dos Currículos, rompendo com uma excessiva especialização e buscando assegurar uma formação de base, científica e cultural, em grandes áreas do conhecimento (e, nalguns casos, em novas áreas interdisciplinares). Modificações estruturais nos espaços universitários, elaboração e disseminação do Projeto Pedagógico do curso, dentre outras questões.
             Não se busca aqui inferir total responsabilidade pela aprendizagem ao professor. Vale destacar que é preciso que se tenha na universidade um projeto pedagógico-curricular com um plano de trabalho bem definido e de preferência com a participação dos docentes das disciplinas, é relevante que os professores façam planos de aula, que consigam cativar os estudantes, onde utilizem metodologia adequada à matéria, que façam avaliações contínuas sobre sua atuação e aprendizagem dos seus alunos. De certo, muitas questões podem ser resolvidas no âmbito escolar com uma atuação de um grupo forte com interesses comuns e dispostos a aprender e ensinar de forma diferenciada.

             Sobre o diálogo de formação e o processo de ensino e aprendizagem Freire (1999) diz que a alegria faz parte do processo de formação e de aprendizagem e que para formar-se é preciso (re)formar-se. Os profissionais da educação precisam, além de buscar os conhecimentos e saberes, lutar para buscar seu autoconhecimento, autoestima e segurança diante da profissão escolhida, descobrindo a posição política no desenvolvimento de sua sociabilidade.
            De forma prática, ensinar na universidade requer do professor o desejo de (re)aprender. Buscar novas práticas, novas ações que o remetam a novas reflexões e, por conseguinte outras ações. Num processo dialético de busca, procura e aprendizagens.
           Finalizando, cabe a ideia do inacabado, do imperfeito e da procura atenta e sincera. Para além dos limites que nos impedem, existe a possibilidade de mudança impulsionada pelo desejo, pela vontade e acima de tudo, pela necessidade de fazer diferente neste universo de constantes transformações. Mudar é possível e fortalece a esperança de uma educação de qualidade, de alma, de conhecimento e diferentes ações.          


MAIS DE 20 DICAS PARA DEIXAR SUAS AULAS MAIS INTERESSANTES E CRIATIVAS NA UNIVERSIDADE:

·       Jogos de leitura, onde trechos do texto base serão lidos e analisados pela turma.

·       Estudo de casos onde uma teoria possa ser examinada e criticada.

·       Círculo de leituras e debates utilizando livros da biblioteca da universidade.

·       Criação de blog para interação com experimentos, exercícios de fixação, retiradas de dúvidas.

·       Grupos de estudo, fóruns e troca de informações em redes sociais para interação com os alunos.

·       Feiras pedagógicas para partilha de saberes, no âmbito das práticas.

·       Júri Simulado.

·       Quiz sobre o assunto ou unidade trabalhada.

·       Utilização de entrevistas com profissionais da área.

·       Visitas Técnicas.

·       Diário de experimentos.

·       Diários de campo.

·       Elaboração de paródias com conceitos trabalhados.

·       Criação de maquetes, modelagens, modelos mecânicos e cenários onde os estudantes possam testar e explorar as teorias.

·       Elaboração de mapas conceituais.

·       Trabalhos em grupo com propostas diferentes e complementares.

·       Uso de aplicativos (baixados com antecedência pelos alunos) para consulta em dicionário virtual, mapas, museus, dentre outros.

·       Apresentações teatrais que simbolizem exercícios de tarefas da profissão.

·       Utilização de linhas do tempo.

·       Utilização de trechos de longas, curtas, músicas, poemas para aproximação do conceito com outras linguagens.

·       Criação de jornais, revistas em quadrinhos, charges sobre um tema.

·       Envolvimento dos alunos em campanhas sociais.

·       Criação de projetos de ação social.

·       Uso dos laboratórios específicos da disciplina, de forma sistemática.

·       Criação de vídeos com aplicação de conceitos ou experimentos.

·       Organização de Feiras de experimentos abertos para a Comunidade Educativa.

·       Utilizar dinâmicas de Leitura com pequenos a Artigos e Textos, possibilitando a interação do aluno com diferentes conceitos já trabalhados, valorizando o conceito de aula invertida.

·       Uso dos Laboratórios de Prática do Curso.


NOTA: Denise Tinoco é pedagoga, professora com trinta e dois anos de experiência na educação básica. Há quatorze anos atua em diferentes universidades nos Cursos de Licenciaturas presenciais e a Distância. Desde 2007 transita entre os Professores Destaques dos cursos e Instituições que leciona.

Referências:
ALMEIDA, Isabel M. Formação do professor do Ensino Superior desafios e políticas institucionais. 1. ed. São Paulo: Cortez, 2012.
BRITO, A. E. Formar professores: rediscutindo o trabalho e os saberes docentes. In: MENDES SOBRINHO, J. A. de C; CARVALHO, M. A. (Orgs.). Formação de professores e práticas docentes: olhares contemporâneos. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 16. ed. Editora Paz e Terra: São Paulo, 1996.
LIBANEO, José Carlos. Didática. Editora Cortez: São Paulo, 2008.
PIMENTA, Selma Garrido; Anastasiou, Lea das Graças C. Docência no ensino superior. São Paulo: Cortez, 2002.
SANTOS, J. F. dos. O Que é pós-modernismo. 5. reimpr. São Paulo: Brasiliense, 1991.
ZABALZA, M.A. O ensino universitário: seu cenário e seus protagonistas. Porto Alegre:
Artmed, 2004.