quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A HORA DO MATERIAL ESCOLAR

A HORA DO MATERIAL ESCOLA.

                                                                                                                                       Por Denise Tinoco

       Todo início de ano é hora de organizar a vida dos filhos em idade escolar. Além de atender às exigências dos pequenos nos quesitos mochilas com personagens de desenhos e filmes da moda, os pais precisam encarar as extensas listas de materiais solicitados pelas instituições de ensino.
      Para enfrentar esta árdua jornada preciosas dicas: não levem os pequenos às papelarias; organizem grupos para compra de materiais por atacado, buscando os descontos concedidos pelas lojas. Outra medida interessante é a troca de livros entre os alunos da mesma escola ou a busca por livros usados, em sebos especializados. Nesses locais é possível encontrar bons títulos.
      No entanto, para dar conta das listas escolares é preciso muita atenção e vontade de fazer diferente. Neste sentido, duas leis brasileiras visam a auxiliar na contenção desses abusos cometidos pelas escolas. A primeira foi em 1999, a Lei 9. 870, que normatizou os valores das anuidades escolares e trouxe outras providências. Em 2013, uma segunda lei versou sobre o assunto. De forma complementar, a Lei número 12. 886 desobrigou o contratante de pagamentos adicionais ou fornecimento de qualquer material escolar de uso coletivo.
      Examinando algumas listas de materiais escolares, já em 2015, encontrei muitos objetos que são de uso coletivo: lixas, envelopes, fita para impressora, caneta para lousa, palito de churrasco, papel higiênico, cordão, creme dental, fantoches, esponjas, dentre outros. Os maiores abusos são cometidos na educação infantil, mas é comum encontrarmos taxas extras também no ensino Fundamental.
      Educadores, pais e donos de instituições de ensino devem rever a forma de encarar o cotidiano escolar. Buscar uma educação mais sustentável, simples e eficaz é uma meta que deve passar pelas listas. Espero que estes materiais, excluídos, não recaiam na conta dos professores, já tão explorados no dia a dia. Enfim, os abusos continuarão e exigirão fiscalização. É hora das compras conscientes e denúncia de quem se sentir lesado.



Publicado no Jornal O  Dia  em  22/01/2015.